Ministro afirma que iniciativa corrigirá distorções e trará sistema mais justo
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) confirmou nesta quarta-feira (30) que a reforma do Imposto de Renda vai ser trabalhada pelo governo apenas a partir do ano que vem.
O ministro, que tinha dado a entender recentemente que não seria possível lidar com o tema em 2024, prevê para este ano a conclusão das votações pelo Congresso Nacional da regulamentação da reforma tributária sobre o consumo.
"A partir do ano que vem nós vamos nos debruçar sobre o Imposto de Renda, que também tem muitas distorções. Nós precisamos endereçar esse assunto para ter um sistema tributário mais justo", afirmou ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante evento sobre o setor industrial no Palácio do Planalto.
Lula já determinou que a equipe econômica arranje uma maneira de isentar de Imposto de Renda quem tem renda de até R$ 5.000 por mês, algo visto entre especialistas em contas públicas como de difícil solução tendo em vista a perda de receita pública decorrente.
Conforme mostrou a Folha, a Fazenda estuda um mecanismo que pode ser usado para compensar a medida.
Haddad exaltou as votações sobre a reforma tributária no Congresso. "Aquilo que se acalentava há 40 anos vai se realizar agora, e a emenda constitucional [da reforma] é apenas uma parte do que já foi feito para corrigir uma série de distorções do nosso sistema tributário", disse.
O ministro afirmou ainda que o país tem tarefas a cumprir como todos os países, citando especificamente a China, os Estados Unidos e a Europa.
"Nós temos tarefas como todo país tem. A China tem tarefas a cumprir, os norte-americanos têm tarefas a cumprir. A Europa está estagnada, a China está desacelerando e os Estados Unidos estão com ameaças importantes agora em função dos riscos que envolvem até às eleições", afirmou.
"Estamos dentro do mundo globalizado, mas nós estamos atentos aos desafios que estão colocados e temos segurança em dizer que nós nos endereçando as reformas necessárias".
Fonte: Folha de SP