Notícias


17 de outubro de 2024

Governo quer reforçar agência contra sonegação de mineradoras

 

Concurso com 220 cargos na ANM foi autorizado

 

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou à Agência Brasil que negocia com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) a criação de mais de 100 cargos em comissão “que deverão ser disponibilizados em breve” para reforçar a estrutura da Agência Nacional de Mineração (ANM) e auxiliar no combate contra a sonegação bilionária de impostos do setor mineral identificada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Além disso, o ministério lembrou que foi autorizado concurso público para o preenchimento de 220 cargos  na ANM. De acordo com a Portaria 4.596 do MGI, a Agência de Mineração tem até o dia 16 de janeiro de 2025 para publicar o edital do concurso.

Estima-se que o Estado brasileiro deixou de arrecadar - em oito anos - cerca de R$ 16,4 bilhões em impostos da mineração por causa de falhas na fiscalização e na cobrança dos impostos do setor, responsabilidades da ANM. Nesse cenário, o TCU cobrou que a ANM adote medidas e ações para minimizar o problema da sonegação na mineração.

O acórdão do TCU aponta que quase 70% dos mais de 30 mil processos ativos de mineração não pagaram espontaneamente a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) entre 2017 e 2022. Além disso, de 134 processos fiscalizados pela ANM, apenas 40% pagaram o tributo devido, que é feito por autodeclaração das mineradoras.

Pertinente

Segundo o MME, a fiscalização do TCU foi “pertinente e adequada” e citou que a ANM foi criada em 2017 com a promessa de ter estrutura suficiente para o desempenho de suas atividades.

“Ao contrário do que foi prometido, o cenário que se constatou no início de 2023 era de salários dos servidores incompatíveis com os das demais agências reguladoras, déficit de servidores públicos concursados, cargos em comissão incompatíveis com as responsabilidades dos servidores e falta de orçamento adequado”, informou o ministério.

Antes de virar uma agência reguladora, a estrutura de fiscalização da mineração era um departamento dentro do Ministério de Minas e Energia.

O MME destacou, também, que o governo alterou, ainda em 2023, o Plano de Cargos da ANM para equiparar os salários dos servidores com os das demais agências reguladoras. “Os salários na ANM eram entre 40% e 60% mais baixos que os praticados nas outras agências”, disse a pasta.

Além disso, o governo autorizou no primeiro semestre de 2023 a nomeação de 64 novos especialistas em recursos minerais para atuar na fiscalização de barragens. “Tais ações representam um reforço significativo na capacidade da ANM de regular e fiscalizar o setor mineral brasileiro”, acrescentou o ministério.

Ele prometeu, ainda, atender recomendação do TCU e produzir, no prazo de 180 dias, estudos para definir prioridades e objetivos para adequar o orçamento da ANM com um plano de ação para solucionar ou reduzir as dificuldades enfrentadas pela entidade.  

“O MME reforça seu compromisso em estruturar a ANM, em especial para garantir a eficiência da concessão mineral no tocante a geração de empregos, renda, geração de valor para comunidade onde se dá a mineração, segurança e sustentabilidade”, finalizou o ministério, em nota.

Desmonte

A investigação do TCU identificou que a Agência Nacional de Mineração vem passando por um processo redução de servidores e de queda nas fiscalizações do setor mineral, além de apontar falhas nas questões de automação de processos que limitam a fiscalização e permitem que o setor empresarial mineral sonegue bilhões de reais em impostos todos os anos.  

Entre 2010 a 2023, o quadro de pessoal herdado pela ANM foi reduzido de 1.196 para 695 servidores, ou seja, queda de 41,9% da força de trabalho. Em paralelo, a Controladoria-Geral da União (CGU) calculou uma queda de 92% no número de fiscalizações realizadas pela ANM. De 2.184 fiscalizações da Cfem em 2014, a ANM realizou apenas 173 fiscalizações em 2019.

O ministro relator do processo no TCU, Benjamin Zymler, concluiu que a arrecadação da mineração depende essencialmente da boa-fé das empresas. "Porém, não existem instrumentos para persuadi-los, uma vez que a estrutura fiscalizatória da ANM é incapaz de gerar a expectativa de controle no setor regulado e, mesmo após as poucas fiscalizações, não se logra efetividade na cobrança", disse Zymler.

 

Fonte: Agência Brasil

Edital de convocação de Assembleia Geral Extraordinária publicado no dia 15 de outubro, no DIÁRIO DO RN, Editoria Cidades, pág.06.

- Clique na imagem para ampliar -

Aniversariantes do mês


outubro 2024

  • 18 ENILDO ALVES GAMA
  • 18 CASSIA MARIA DE SOUSA
  • 18 GILDEMAR AZEVEDO BARACHO
  • 18 MARTA MARIA FAGUNDES GALVAO
  • 18 RANIERY ALVES DE OLIVEIRA
  • 19 MARYSE MASSENA MISIEC
  • 21 TEREZINHA LINS CALDAS
  • 21 MOISES MATTOS DA CONCEIÇAO
  • 23 EDNALDO BARBOSA DE SOUZA
  • 23 HILTON PAIVA DE MACEDO
  • 23 CAERLITA LUCENA DE FREITAS
  • 23 SEBASTIAO CASSIS DA SILVA
  • 23 EDSON SEABRA TERCEIRO
  • 24 ECILDA BATISTA DE AZEVEDO
  • 24 SERGIO BENE FLORENCIO
  • 25 MARIA LUIZA CAMARA ALMEIDA
  • 25 ANTONIO MAIRTON M DE OLIVEIRA FILHO
  • 25 GEORGE CHRISTIAN BASILIO THÓ
  • 25 MANOEL SABINO FILHO
  • 25 ALEXANDRE LUIZ ARAUJO DE SA
  • 26 SIDNEY PAULA TORQUATO
  • 26 FRANCISCA CANINDE SMITH
  • 27 FRANCISCO SILVA DE SOUSA
  • 27 JUAN DARBY DE OLIVEIRA MACIEL
  • 28 MARIA DALVA ANISIA VIANA
  • 28 JAIRO MARANHAO JUNIOR
  • 28 ANA EMILIA BEZERRA DE FARIAS
  • 28 MARIA BARROS DA CAMARA AZEVEDO
  • 28 MARIA ELISABETE DANTAS DE OLIVEIRA
  • 28 JOSEBERTO MACIEL TEIXEIRA
  • 28 MARIA WILMA MORAIS DE OLIVEIRA
  • 28 ENY BEZERRA DA CRUZ SOUZA
  • 28 MARLI ARAUJO DE BARROS
  • 29 SILVIO CESAR RODRIGUES
  • 29 UBIRAJARA DE MACEDO VIRGINIO
  • 29 JOAO NETO BARBOSA
  • 29 RICARDO HENRIQUE DA FONSECA RODRIGUES
  • 30 MARCOS ANTONIO CASSIANO DA SILVA
  • 31 JOSE RINALDO FIUZA LIMA
  • 31 ROQUE AFONSO DA CUNHA
  • 31 CREUZA DE LIMA SILVA PEREIRA

instagram