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29 de setembro de 2022

Endividamento das famílias renova recorde e chega a 53,1%, aponta BC

 

Comprometimento de renda com dívidas também é o mais alto da série. Juros altos encarecem crédito e dificultam pagamentos

 

O endividamento das famílias chegou a 53,1% em julho, o maior patamar da série histórica do Banco Central (BC) iniciada em janeiro de 2005. Nos últimos meses, esse recorde vem sendo batido repetidamente, refletindo as condições da economia e a alta nos juros.

Na estatística de endividamento que desconsidera o financiamento imobiliário, o patamar também é o mais alto desde 2005, em 33,64%. Em julho do ano passado, o nível estava em 29,6%.

Outro recorde renovado mês após mês é o de comprometimento de renda com dívidas com instituições financeiras. Em julho, chegou a 28,6% da renda, maior nível desde março de 2005, início da série histórica do BC. No mesmo mês de 2021, estava em 25%.

Quando se retira o financiamento imobiliário, o número é de 26,6%, também o maior da série histórica.

Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor de estudos e pesquisas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), ressalta que o endividamento vai diminuir o consumo das famílias o que, consequentemente, afeta o crescimento econômico do país.

— Isso vai afetar o crescimento no ano que vem. Pessoas endividadas não consomem e não consumindo, as empresas não produzem, não produzindo, as empresas não contratam — disse Oliveira.

Segundo o economista da Anefac, esse quadro de endividamento alto deve persistir por conta da inflação ainda alta, que pressiona os gastos das famílias, dos juros elevados e da situação do mercado de trabalho.

— Para ter redução de endividamento, deveria ter uma recomposição das rendas das famílias, mas como isso pode acontecer se estamos com subemprego elevado, se o ano que vem vai ser de menor crescimento, o que significa que não vai ter recontratações e os juros elevados que vão impactar diretamente na renda e no endividamento — apontou.

Victor Cândido, economista-chefe da RPS Capital, vê o aperto no crédito como “natural” porque os juros subiram bastante e as pessoas fizeram muitas dívidas quando as taxas estavam mais baratas em 2020 e 2021.

— Teve uma compra grande de bens ao longo da pandemia, material de construção, geladeira, automóvel, tudo isso tem a ver com crédito com juros baratos em 2020 e 2021. É natural que o endividamento esteja nesse nível, além disso os juros sobem e aumenta o comprometimento de renda das famílias — disse.

Inadimplência em alta

 

Depois de cair bastante durante a pandemia, as taxas de inadimplência vêm subindo nos últimos meses e superando os níveis registrados antes do início da disseminação da Covid-19.

A taxa média total com recursos livres foi de 3,9% em agosto, elevação de 0,8 ponto percentual (p.p) em um ano e nível parecido com os registrados em fevereiro e março de 2020, que antecederam o início da pandemia. É o maior nível desde agosto de 2017.

Inadimplência de empresas abaixo do pré-pandemia

 

Em 5,6%, a inadimplência de pessoas físicas já superou os níveis do início de 2020, que variavam de 5% até 5,2%. No crédito pessoal, por exemplo, subiu de 3,3% em dezembro do ano passado para 3,8% em agosto deste ano.

Patrícia Krause, economista-chefe para América Latina da Coface, analisa que a inadimplência não subiu tanto quanto era esperado dado o cenário de elevação dos juros e do endividamento das famílias.

— Pode ser uma questão das medidas que foram tomadas na época do Covid, dos estímulos, renegociação de dívidas, isso pode ter ajudado a não ter essa alta até o momento na inadimplência — disse.

Já no rotativo, a alta é em escala maior. De 35,7% de inadimplência em dezembro do ano passado, subiu para 43,4% em agosto, maior patamar da série histórica iniciada em março de 2011.

 

A realidade é diferente para as empresas. A inadimplência, apesar de ter subido nos últimos meses, ainda está abaixo dos níveis pré-pandemia. Em agosto, foi de 1,8%, enquanto em março de 2020 estava em 2,34%.

No capital de giro, a alta é de 2,3% em dezembro para 2,5% em agosto. No cheque especial, a diferença foi de 11,5% para 15,5% no mesmo período.

Taxa do rotativo se aproxima dos 400% ao ano

 

A taxa média de juros cobrada no cartão de crédito rotativo, quando o valor integral da fatura não é pago até a data do vencimento, ficou em 398,4% ao ano em agosto, o maior patamar desde agosto de 2017.

 

A modalidade é a mais cara do mercado e seu uso não é recomendado por especialistas por conta dos riscos de endividamento. Só neste ano, o rotativo subiu 51 pontos percentuais (p.p), já que em dezembro do ano passado, estava em 347,4%.

A elevação dessa modalidade de juros, assim como acontece em outros casos, acontece por conta da elevação da taxa básica de juros, a Selic, que subiu de 2% em março de 2021 para 13,75% no patamar atual.

 

A taxa média de juros para pessoas físicas também vem se elevando nos últimos meses. Em agosto, chegou a 53,9% ao ano, elevação dos 45% registrados em dezembro do ano passado.

Crédito mais caro

 

O crédito para as empresas também vem ficando mais caro nos últimos meses. A taxa média cobrada em agosto foi de 22,8% ao ano, uma queda dos 23,4% no mês anterior, mas alta na comparação com dezembro, quando a média foi de 19,7%.

O capital de giro, por exemplo, ficou em 22% em agosto, patamar superior aos 20,7% de taxa média em dezembro do ano passado.

 

Já o desconto de duplicatas e recebíveis registrou taxa de juros média de 20,2% no mês passado, superior aos 15,7% registrados no último mês de 2021.

Apesar desse cenário, a procura por crédito continua em alta. No ano, a concessão de crédito subiu 25,4%. Só em agosto foram R$ 447,3 bilhões concedidos contra R$ 376,4 bilhões em dezembro na estatística ajustada para considerar as diferenças sazonais.

 

Fonte: O Globo

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