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19/09/2008 03:00

SEMINÁRIO DA SET DISCUTE LAVAGEM DE DINHEIRO

O promotor de justiça do estado de São Paulo, Marcelo Mendroni esteve ontem em Natal, participando de um seminário sobre combate à lavagem de dinheiro, promovido pela Secretaria Estadual de Tributação. Na palestra proferida a procuradores, promotores, delegados e técnicos de tributação, o promotor fez um alerta às autoridades locais, sobre a ação de mafiosos italianos em Natal. “A palestra dele foi muito boa. Ele explicou sobre o início da máfia, a forma como os criminosos atuam e sobre os meios através dos quais eles se ligam”, avaliou Tarcísio Campello, coordenador do seminário. Marcelo Medroni ficou conhecido após atuar em investigações contra o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf e os fundadores da Igreja Renascer, bispos Estevam e Sônia Hernandes. Mendroni ainda falou aos espectadores sobre como devem agir na tentativa de impedir a permanência de tais mafiosos no estado. “Foi bom porque serviu para nos deixar mais claro sobre como lidar com este tipo de crime. Porque todos acabam resultando na sonegação fiscal”, completou Tarcísio Campello. O promotor de justiça falou que o grupo mafioso “Ndragheta”pode estar agindo no Rio Grande do Norte, e avisou que o Ministério Público local deve prestar atenção nas atividades imobiliárias e grandes empreendimentos realizados no Rio Grande do Norte. Promotor de Justiça em São Paulo, Marcelo Mendroni é doutor pela Universidad Complutense de Madrid (Espanha) em direito processual penal e pesquisador pós-doutorado pela Universidade de Bologna (Itália). Escreveu os livros Curso de Investigação Criminal, Crime Organizado: Aspectos Gerais e Mecanismos Legais e Crime de Lavagem de Dinheiro. Na manhã de hoje o seminário continua, com outras palestras. Entre os especialistas, vai falar o promotor de Justiça de Minas Gerais, Rogério Felippetto. A palestra é sobre as mudanças na lei 9.613/98 (a lei dos crimes de lavagem de dinheiro), já previstas em um projeto de lei que tramita no senado. “Ele vai nos explicar que modificações são estas, e que efeitos elas podem trazer ao combate ao crime”, explicou Campello. O evento vai acabar por volta do meio-dia, e antes disso, os participantes do seminário devem assinar um documento que deve ser entregue aos senadores, em Brasília. Na avaliação do secretário estadual da Tributação, João Batista Soares de Lima, o evento é uma oportunidade ímpar para que os servidores do Estado possam aprimorar o combate ao crime de lavagem de dinheiro, e desta forma, identificar os infratores que atuam no estado.

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