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26 de maio de 2023

GOVERNO ANUNCIA CORTE DE IMPOSTOS PARA DEIXAR CARROS MAIS BARATOS

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (25) que vai reduzir impostos com o objetivo de reduzir o preço final dos carros populares em até 10,96%. A medida valerá para veículos com valor final de até R$ 120 mil.

 

As medidas, segundo o setor automotivo, podem fazer com que os carros populares novos voltem a custar menos de R$ 60 mil (veja abaixo).

 

Atualmente, o preço de partida do carro zero é de cerca de R$ 68 mil – mais de 50 salários mínimos (hoje em R$ 1.320). Esse valor não considera medidas anunciadas nesta quinta.

 

Segundo o vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o abatimento no preço final poderá ser ainda maior: O governo estuda permitir a venda direta dos carros a pessoas físicas.

Hoje, a venda direta é realizada apenas para CNPJs. A modalidade é utilizada por locadoras e empresas de frete, por exemplo, por não incluir custos de logística e o lucro das concessionárias, por exemplo.

 

Segundo Alckmin, o desconto vai variar de 1,5% a 10,96%, com base em três fatores:

 

 

 

As ações foram anunciadas após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de Alckmin e de representantes da equipe econômica com entidades do setor automotivo no Palácio do Planalto.

 

Segundo Alckmin, "quanto menor o carro, mais acessível, maior será o desconto".

 

"Hoje, o carro mais barato é quase R$ 70 mil. Queremos reduzir esse valor. Mas os outros também serão reduzidos. Quanto menor, mais acessível, maior será o desconto do IPI, PIS e Cofins. Primeiro item é social, é você atender mais essa população que está precisando mais", declarou o vice-presidente, que é também ministro de Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços.

 

O Ministério da Fazenda terá um prazo de 15 dias para adequar a decisão às regras fiscais – ou seja, calcular a perda de arrecadação e dizer qual será a compensação no orçamento.

 

Passado esse prazo, segundo Alckmin, o governo editará uma medida provisória e um decreto para regulamentar o tema.

 

Carros abaixo de R$ 60 mil, prevê Anfavea

 

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, afirma que o pacote torna "muito possível" que carros novos voltem a custar abaixo de R$ 60 mil nas concessionárias.

 

"O preço, cada montadora tem sua política. Mas pelos números que vêm sendo apresentados, é muito possível termos preços abaixo de R$ 60 mil. Hoje, com as reduções tributárias que estão em discussão e o esforço conjunto de todo setor, é bem possível que tenhamos. Mas isso é uma questão que cada montadora, que cada fabricante, tem a sua política", declarou.

 

A intenção de baratear os veículos foi manifestada publicamente pelo presidente Lula durante discurso no dia 4 de maio. Na ocasião, ele disse que carro de "R$ 90 mil não é popular".

 

 

Estímulo à indústria

 

O governo também anunciou medidas de um pacote geral de estímulo à indústria geral. As propostas incluem:

 

 

 

Representante da indústria automobilística

 

Nesta quarta-feira (24), o presidente da Stellantis, Antonio Filosa, se encontrou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e afirmou, após a reunião, que o setor automobilístico está claramente sofrendo com os juros altos.

 

A empresa controla a Fiat, a Jeep e a Citroen, entre outras, com participação de 33% no mercado doméstico.

 

"O juro é difícil de resolver de um dia para o outro. Mas é possível pensar em mecanismos de acesso ao crédito que possam facilitar. Por exemplo, melhorando o nível de garantias reais, por exemplo usando alguns ativos que o governo tem, e assim por diante", declarou o executivo da Stellantis, na quarta-feira.

 

Questionado por jornalistas, ele avaliou também que "algum tipo de isenção fiscal sempre é bem-vindo". "Uma isenção fiscal baratearia o carro. Claramente, existe um sacrifício que as montadoras devem fazer para gerar mais eficiências", afirmou.

 

Filosa disse ainda que o preço do aço subiu muito nos últimos anos, impactando o custo das montadoras.

Fonte: Portal g1

 

 

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