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24 de junho de 2022

Volume de vendas na 1ª Feira Nordestina ultrapassa R$ 600 mil em Natal

A 1ª Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (FENAFES), realizada no Centro de Convenções de Natal, conseguiu o faturamento bruto acima dos R$ 600 mil entre as vendas produtos frescos, beneficiados, alimentos processados e prontos para consumo. O evento ocorreu do dia 15 a 19 de junho e reuniu 778 expositores organizados em 273 entidades, sendo 90 cooperativas.

Vlademir Alexandre

Mais de 700 expositores participaram da feira

Mais de 700 expositores participaram da feira

Na feira ainda foram promovidas cerca de 100 atividades, contando as atrações culturais, que mobilizaram um público estimado de pelo menos 20 mil pessoas. 

 

“A realização da primeira edição da Feira Nordestina da Agricultura Familiar, aqui em Natal, é um marco porque na contramão do que o governo federal vem fazendo, que é o desmonte das políticas públicas dessa área tão importante, o Rio Grande do Norte e o Nordeste estão investindo, estão implementando ações políticas na direção do fortalecimento da agricultura familiar. Um governo comprometido em combater a desigualdade social, que tem compromisso em garantir a segurança alimentar, faz o que o governo do Rio Grande faz e os demais estados do Nordeste estão fazendo: investindo em ações concretas e é isso o que expressa a Feira Nordestina”, declarou a governadora Fátima Bezerra. 

 

Durante a Feira, o Governo do RN entregou o veículo tipo van que funcionará como a Feira Móvel, administrada pela UNICAFES-RN, e 40 certificados de produção agroecológica, em parceria com a Rede Xique-xique por meio do projeto de Certificação Participativa financiado pelo Estado. Também foram oficializados os lançamentos das cervejas Anacardia e Cajanas, produzidas pela cervejaria Bacurim em parceria com UNICAFES-RN, com insumos de frutas nativas potiguares, caju a cajarana, e da série Vozes do Semiárido (disponível no Youtube), sobre a qual a governadora citou que o projeto, executado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), em parceria com Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (SEDRAF), reforça a importância dos homens e das mulheres do campo, e também da sociedade civil organizada comprometida com o setor, como é o caso do cooperativismo, representado por entidades como o Sistema OCERN – Organização das Cooperativas do RN, uma das apoiadoras do evento. 

 

A FENAFES contou com a participação do governador e presidente do Consórcio Nordeste Paulo Câmara (PE), da governadora Regina Sousa (PI), da vice-governadora Eliane Aquino (SE) e da presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade. Estiveram presentes mais de 200 gestores que trabalham com temas pertinentes à agricultura familiar no Nordeste, como agroecologia, acesso à terra e convivência com o semiárido. 

 

Foram inscritas 2.086 mil pessoas nas atividades formativas, recebemos caravanas que totalizaram mais de 2 mil agricultores potiguares para visitar a Feira, que contou com a participação de instituições e movimento sociais nacionais como FIOCRUZ, Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Confederações Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e na Agricultura Familiar (CONTAG e CONTRAF), Marcha Mundial das Mulheres, Articulação do Semiárido Brasil (ASA), Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), e agências de cooperação como o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Associação Internacional para Cooperação Popular (IAPC). 

 

Combate à fome

 

Coordenador da Câmara Temática e do Fórum Eugênio Peixoto de Gestores da Agricultura Familiar do Nordeste, o secretário Alexandre Lima (SEDRAF) reafirmou a importância da 1ª FENAFES no contexto em que o Brasil estima que uma população de 33 milhões de pessoas passando fome. “Em todos os momentos históricos que a agricultura familiar foi chamada para combater a fome, ela respondeu por ser um elemento importante de superação desse problema. Mas, infelizmente o contexto atual é de um total desmantelamento das políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar. No entanto, no Nordeste, existe uma resistência dos governos regionais, que já estão se articulando em torno do programa unificado que tem a centralidade na agricultura familiar”, disse.

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