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02 de junho de 2022

Serviços em alta, indústria estagnada: PIB inaugura mais uma fase desigual

Para quem começou o ano com temores de recessão, o resultado desta quinta-feira (2) do Produto Interno Bruto trouxe um alento: segundo os dados divulgados pelo IBGE, a economia do país cresceu 1% no primeiro trimestre, graças ao impulso do setor de serviços.

A recuperação do segmento — que reúne os bares, restaurantes, eventos, salões de beleza, turismo e outras atividades — já era esperada. Mas o ritmo surpreende, já que o desemprego alto e a inflação em um patamar de 12% em 12 meses são fatores que reduzem o apetite de consumo da população.

PIB do Brasil avança 1% no 1º trimestre, impulsionado por serviços

'Tá difícil pra arrumar emprego, tá difícil até pra viver': população mais pobre não sente recuperação do PIB

O fenômeno visto no setor de serviços é o oposto do que acontece com a indústria, onde a tendência é de resfriamento severo da atividade.

A indústria teve um bom impulso no início da pandemia, quando as restrições de circulação fizeram subir o consumo de bens. Sem o bar de preferência aberto, o dinheiro economizado no fim do mês foi para um novo micro-ondas, uma nova geladeira ou televisão.

Agora, o fenômeno se inverteu. Além de uma nova mudança nos hábitos de consumo da população, há a alta dos juros no radar e problemas na cadeia de suprimentos que persistem desde os primeiros impactos da Covid-19.

 

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