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22 de fevereiro de 2018

FISCO PARTICIPA DE SEMINÁRIO INTERNACIONAL E CRITICA O DESMONTE DA PREVIDÊNCIA NA AMÉRICA DO SUL

A semana começou marcada por debates, manifestações e protestos em todo o país contra os ataques à aposentadoria do brasileiro.

Em Brasília, não foi diferente. O Seminário “A Resistência à Reforma Previdenciária da Argentina e Ações Estratégicas contra a Reforma de Temer”, reuniu na segunda-feira (19), grande público no auditório Petrônio Portela, do Senado Federal, com o objetivo de discutir medidas de proteção à Seguridade Social.

O evento realizado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, com o apoio da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) e Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), trouxe ao debate o conjunto de ataques intentados contra os trabalhadores de países como o Argentina, Brasil e Chile, para favorecer aos anseios do mercado financeiro.

O presidente da Confederación Latinoamericana de Trabajadores Estatales (Clate), Julio Durval Fuentes, lembrou que intensos os protestos e resistência popular não foram suficientes para barrar a reforma da Previdência na Argentina, aprovada no final de 2017.

Na oportunidade, o representante do movimento sindical argentino afirmou que a Previdência não deve ser tratada como fonte de ganhos e lucros para o capital financeiro e defendeu a manutenção do modelo de Previdência público, solidário e estatal. “Sem dúvidas, se uma lei tem que ser sancionada à sangue e fogo, como foi o caso da Argentina, certamente não se trata de algo bom para a população”, disse.

RETROCESSO

O presidente da Fenafisco, Charles Alcantara, criticou a agenda neoliberal imposta ao povo pelo governo e mais uma vez rejeitou a proposta de reforma previdenciária. “Nunca na história ficou tão evidenciado o significado da expressão neoliberalismo e não poderia ser mais feliz a associação dessa ideologia ao vampirismo, que desfilou na Sapucaí sob o nome de Vampiro Neoliberalista. Estado mínimo para os pobres, com o corte de recursos nas áreas sociais; para os rentistas, o Estado é máximo. A reforma da Previdência ataca a população brasileira, diminuindo a renda de quem depende de pensões e aposentadoria para viver, em favor dos bancos”, disse.

Floriano Martins de Sá Neto, presidente da Anfip, reafirmou o compromisso do Fisco Federal em defesa da Seguridade Social. “Não vamos descansar até sepultar essa proposta. Quem é a favor da reforma, é contra o Brasil. Vamos lutar até o fim”, destacou.

Para o presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos, a única forma eficaz de garantir a Previdência pública e defender a classe trabalhadora é mudar a representação de forças no Congresso Nacional, principalmente na Câmara. “O governo retirou da pauta uma agenda neoliberal, com fins puramente eleitorais. Precisamos eleger representantes dos trabalhadores brasileiros”.

FISCO POTIGUAR

o Sindifern, representado por membros da diretoria e da base, também participou ativamente do movimento encabeçado pela Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) e pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), com objetivo de fortalecer a “força-tarefa” e garantir, principalmente, o apoio político de parlamentares de suas respectivas bancadas, contra aprovação da Reforma.

 

Auditores fiscais e lideranças do Fisco potiguar com a deputada federal, Zenaide Maia (PR/RN).

 

APOIO PARLAMENTAR

Além de lideranças sindicais, representantes dos serviço público e movimentos sociais, o Seminário contou com a presença de parlamentares que manifestaram otimismo com o recuo do governo em deliberar sobre a pauta.

O senador Hélio Costa (PT-PE) marcou posição de total solidariedade na luta em defesa dos direitos sociais, assim como o deputado Weliton Prado (PROS-MG), que clamou por unidade, para o alcance da vitória.

O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Frente Parlamentar, criticou o governo por privilegiar os grandes sonegadores da Previdência e tratar com desdém a sociedade. “Eu espero que essa molecagem e a própria reforma da Previdência vá para a lata do lixo, que é isso que ela merece”, disse.

 

 

 Fonte: Fenafisco com inserções do Sindifern

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