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12 de março de 2015

EMPRESAS CRITICAM LEI E PODEM REPASSAR CUSTO PARA CLIENTES

Delegado junto à Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o economista Eugênio Pacelli de Medeiros disse que, no decorrer da semana, a Associação dos Supermercados do  Rio Grande do Norte (Assurn) deve se reunir para avaliar a aplicação da nova lei, mas adiantou que “já veem com reserva e uma certa perplexidade a questão”. Com a obrigatoriedade de ter mais caixas funcionando, analista estima aumento de custos para as empresas e a possibilidade de isso ser repassado para o consumidor.

No primeiro momento, o Departamento Jurídico da Assurn, segundo ele, avalia que a lei vai de encontro à Constituição Federal “porque fere a livre iniciativa”. Depois, explicou Eugênio, que é dono de um supermercado da Rede Mais no Alecrim, já existe uma norma do Ministério do Trabalho a qual diz que “para cada três check-outs  precisa-se ter um empacotador”.

Para Pacelli, do ponto de vista legal “é muito difícil entender uma lei dessa, parece que estão tratando de ‘Brasis’ diferentes”.  Ele disse, ainda, que os supermercados devem cumprir a lei, “não tem como fugir disso”, mas pelo lado técnico, ele considera que deviam levar em conta a realidade de cada estabelecimento comercial, além do fato de que o movimento dos consumidores não é linear, tem horários de picos e de baixa frequência da clientela em compras.

Na opinião de Pacelli, o legislador não considerou, ainda, que a exigência prevista na lei terminará repassando os custos para o consumidor, num momento em que já houve um aumento da inflação para um índice de 7,7% em virtude das altas de preços da gasolina e da tarifa de energia elétrica.

Segundo ele, um supermercado como o dele que tem apenas oito caixas, precisaria de pelo menos 16 operadores, fora os embaladores, para atender a exigência legal, enquanto uma grande loja, que tiver 40 caixas, por exemplo, teria de ter 120 operadores: “Quem vai pagar a conta são os consumidores, alguém tem de pagar a conta”, disse ele, que lamentou o fato de que a Câmara Municipal não chamou os supermercadistas para serem ouvidos.

Fonte: TN Online

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