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15 de abril de 2013

FISCO REALIZA DEBATE SOBRE IGUALDADE DE GÊNEROS EM NATAL/RN

Fisco abre a semana com a realização do III Encontro de Gêneros da Fenafisco – Federação Nacional do Fisco Distrital e Estadual. O evento que conta com o apoio do Sindifern, aconteceu no Ocean Palace Hotel, na Via Costeira em Natal/RN. Com a temática “Encontro de Gêneros como Fortalecimento da Democracia” o evento tem o objetivo de discutir a questão sobre a diversidade de gêneros e apontar caminhos que possam promover o fortalecimento de uma sociedade com bases justas, democráticas e solidárias.

Para o diretor de relações intersindicais do Sindifern, Pedro Lopes, o III Encontro de Gêneros é uma oportunidade para promover uma reflexão na categoria sobre a igualdade para todos, independente da cor, sexo, religião e orientação sexual. “Essas questões debatidas ao longo de todo o evento foram de encontro do Art.5? da Constituição Federal, que diz que todos nós somos iguais perante a Lei, independente de qualquer natureza”, destaca.

De acordo com o organizador do evento e diretor do Departamento de Políticas e Ações Sociais da Fenafisco, Lúcio Roberto Pereira, o III Encontro de Gêneros da Fenafisco atingiu as expectativas. O Fisco brasileiro se reuniu na capital potiguar, para prestigiar o Encontro, mais de 70 auditores fiscais se inscreveram para participar de discussões sobre igualdade de gêneros, ética e política. “O mundo hoje passa por constantes transformações, as mulheres ocupam espaços cada vez mais importantes e temos em foco a questão da tolerância ao homossexualismo. Portanto, tais pontos debatidos dentro da categoria Fisco, mostra que a Federação e os sindicatos não são ‘ilhas’ que tratam somente de assuntos coorporativos. Estamos aqui para começar a inserir esses temas na realidade do Grupo Ocupacional Fisco”, afirma.

O primeiro palestrante foi o deputado estadual pelo PT do Ceará, Artur Bruno. O tema de sua palestra foi “Dignidade, Igualdade e Tolerância à Diversidade Sexual”. Segundo o parlamentar, o país tem que aceitar, respeitar e conviver com a orientação sexual das pessoas. “Tanto os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário precisam avançar neste debate, sobretudo na legislação que possa defender a minoria discriminada por sua orientação sexual ” , aponta. O deputado parabenizou a iniciativa do Fisco por tratar de um tema bastante delicado, por[em de extrema importância para  nossa sociedade.

Em seguida, o auditor fiscal da Secretária da Receita Federal de PE e doutor pela Universidade Autôma de Madri, Valdeblan Siqueira proferiu a palestra “Ética e Igualdade de Gênero na Construção de uma sociedade mais Justa”. Para Valdeban, o evento é uma oportunidade do Fisco com a sociedade na busca pela sensibilização , conscientização e superação de problemas que ferem frontalmente  a dignidade humana na vida das mulheres. No decorrer da sua palestra, o auditor mostrou um breve histórico sobre as lutas e evoluções femininas, bem como os conceitos de tolerância, respeito, justiça e solidariedade.

No segundo momento do evento, participaram dos debates a antropóloga e socióloga Analba Brazão e a deputada federal do PT Fátima Bezerra. A socióloga evidenciou dados preocupantes sobre a violência contra a mulher, em que o Brasil ocupa a 7? colocação no ranking mundial, e as discrepâncias salariais entre homens e mulheres com mesmo níveis de escolaridades (elas ganham cerca de 30% a menos do que eles). Analba também destacou que para se alcançar a igualdade de gêneros precisamos também avançar na participação política, atualmente o Brasil ocupa a 106? colocação, precisa-se de mudanças no sistema político, como a paridade. Pois no atual sistema político vigente não são incluídos negros, mulheres, indígenas e LGBT - classes atuantes na construção da democracia.

Por fim, a deputada Fátima Bezerra, parabenizou a Fenafisco pelo evento, pela compreensão da categoria Fisco em se inserir neste contexto. “Esta iniciativa significa se conscientizar da realidade que vive a sociedade brasileira. As mulheres estão mais conscientes dos seus direitos, o nível de escolaridade avançou de forma extraordinária, então isso são avanços incontestáveis. Por outro lado, existe os retrocessos que é a questão da violência  e a tímida presença na esfera pública. Não vamos avançar, se não tiver um parlamento forte, plural e com igualdade de disputa", destaca a deputada.

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