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21 de janeiro de 2013

PACOTE QUE REDUZ IMPOSTOS CHEGARÁ A TODOS OS SETORES

O Palácio do Planalto quer antecipar em um ano a proposta de estender para todos os setores da economia a desoneração da folha de pagamento. A perspectiva de mais um ano de crescimento fraco tem elevado o nível de "desespero" entre assessores da presidente Dilma Rousseff. Por isso, a ideia de acelerar processos em andamento começam a ganhar terreno.

Apesar da disposição, a Fazenda, responsável pela execução da desoneração, ainda não recebeu um sinal formal da Presidência para antecipar a operação. Os técnicos da equipe do ministro Guido Mantega continuam trabalhando dentro do plano original: escalonar a desoneração ? de forma a não produzir toda a renúncia fiscal em apenas um ano ? dos setores que ainda não foram beneficiados pela medida até o fim de 2014.

"A desoneração da folha de pagamentos será ampliada a todos os setores onde essa mudança constitui um benefício. Mas não serão todos os segmentos da economia, simplesmente porque alguns setores não desejam essa mudança", disse uma fonte qualificada do governo federal.

Segundo os técnicos da equipe econômica, o governo ainda deve estudar quais setores poderiam obter um benefício com essa medida e, a partir daí, definir um cronograma de anúncio de implantação. "É preciso discutir caso a caso, em seguida preparar a medida, que só entra em vigor 90 dias depois de anunciada", disse o técnico.

Gatilho

Apesar da crença de setores do Planalto de que a antecipação da desoneração poderá ter efeitos práticos sobre a taxa de expansão da economia este ano, alguns segmentos da indústria ? com peso importante sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) ? não apostam na medida como o melhor mecanismo para disparar um crescimento mais expressivo.

O melhor exemplo é a indústria automobilística. Apesar do grande número de empregados nas montadoras, para essas companhias seria preferível uma desoneração que atingisse a compra de maquinário ao invés da troca do repasse do equivalente a 20% da folha de pagamento por uma contribuição sobre o faturamento das fábricas. 
 
 

Fonte: A Gazeta

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