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14 de maio de 2012

AUDITORES FISCAIS DA RFB: GOVERNO AINDA NÃO TEM CONTRAPROPOSTA

Na segunda reunião da mesa setorial, composta pelos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) e Auditores-Fiscais do Trabalho, com o secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, na sexta-feira (11/5), em Brasília (DF), ainda não houve a apresentação de uma contraproposta para a Classe.

O interlocutor do Governo explicou que o impacto para atender as reivindicações dos servidores públicos civis do poder Executivo Federal é de R$ 66 bilhões. "Por isso, é difícil precisar uma data para que a discussão se esgote".

Diante disso, o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, sugeriu que a próxima reunião só fosse marcada quando o Governo tivesse uma proposta concreta para apresentar, a fim de evitar reuniões improdutivas. ?A categoria deu provas, no dia 9 de maio, de que os ânimos estão acirrados", acrescentou o sindicalista.

Sérgio Mendonça disse que acompanhou o Dia de Advertência de Mobilização e concordou com a proposta do presidente do Sindifisco sobre a próxima reunião. Ciente do calendário das entidades, que tem o dia 30 de maio como prazo final para uma resposta, o interlocutor do Governo disse que trabalhará internamente para obter uma resposta antes da data, apesar de considerar o prazo curto.

Delarue relembrou ao secretário que é o trabalho de arrecadação dos Auditores que permite o cumprimento das políticas de Governo e que os Auditores já estão há anos sem sequer a reposição inflacionária.

A política de Governo também foi o mote da fala do segundo vice-presidente do Sindifisco, Sérgio Aurélio Velozo Diniz. "Essa estratégia, de socorrer o empresariado e o poder Judiciário e não valorizar o servidor, está equivocada", alertou o sindicalista.

O secretário geral do Sindifisco, Ayrton Eduardo de Castro Bastos, destacou que deixar a categoria tanto tempo sem reajuste é uma grande prova da falta de flexibilidade do Governo. O Auditor-Fiscal Ivan Sigal, da 10ª RF (Região Fiscal), integrante do Comando Nacional de Mobilização, disse que é necessário uma sinalização do Executivo para que não ocorra uma quebra de confiança com o corpo funcional.

"Fica difícil convencer a Classe a negociar se o Governo não apresenta uma proposta concreta", argumentou o presidente do CDS (Conselho de Delegados Sindicais), Célio Diniz.

O diretor adjunto de Assuntos Parlamentares do Sindifisco, Raul Cabadas Filho, destacou ao secretário um estudo recente do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em que se constatou que praticamente 90% da iniciativa privada teve aumento salarial.

Sérgio Mendonça reiterou que há empenho por parte do Planejamento para a apresentação de uma proposta concreta.
Também participaram da reunião, representantes da Anfip (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da RFB) e do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho).

 

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