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22 de dezembro de 2011

HENRIQUE ALVES RECUA E DESISTE DE REAJUSTE DO JUDICIÁRIO

O deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) recuou da posição de defesa ao Judiciário e decidiu não entrar em rota de colisão com o Planalto, de quem depende para concretizar seu projeto: tornar-se presidente da Câmara dos Deputados.

A decisão, na verdade, é partidária. Como líder do PMDB, todavia, a reação do bloco reflete as articulações tratadas nos bastidores do Congresso sobre a sucessão nos principais cargos do Senado e Câmara. O deputado não atendeu as chamadas da reportagem do portal Nominuto.com para comentar o assunto.

O Globo desta quarta-feira (21), contudo,Henrique Alves disse que chegou ao seu limite nas negociações e que acataria a posição do governo de não abrir brecha para qualquer aumento no orçamento do ano que vem. O deputado afirmou que o partido não apresentaria mais o destaque em benefício dos servidores do Judiciário.

As tratativas entre o Judiciário e a Câmara vinham sendo conduzidas discretamente, até que se revelou uma suposta troca de favores entre as duas instituições: a primeira, através do STF, daria decisão favorável pela posse de Jader Barbalho no Senado; a segunda se empenharia pelo reajuste de pouco mais de 5%. O impacto na folha da União seria de R$ 7,7 bi.

O STF já se decidiu pela posse de Jader Barbalho. O argumento utilizado era que a Lei da Ficha Limpa, pela qual ela renunciou para escapar de processo de cassação de mandato, não se aplicava ao pleito de 2010.

Ao mesmo tempo, se noticiou que o Planalto passou a estimular o surgimento de um adversário para Henrique. Nas últimas duas semanas, tratou do assunto até com senadores do PMDB. Para o Planalto, o opositor do peemedebista deve preencher dois requisitos: ser da base do governo e ter o apoio do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e do PSD.

Nas duas oportunidades em que falou com o Nominuto sobre o assunto, Alves disse não temer e confia que o PT honrará o acordado.

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