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06 de maio de 2011

SAQUES DA POUPANÇA SUPERAM DEPÓSITOS EM R$ 1,762 BI EM ABRIL

As cadernetas de poupança registraram perda de recursos da ordem de R$ 1,762 bilhão em abril, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (5) pelo Banco Central, a maior saída em três anos. Em abril, poupança rural registrou saída de R$ 1,150 bi, e o SBPE teve uma retirada líquida de R$ 611,6 mi O número é resultado de depósitos de R$ 96,572 bilhões e saques de R$ 98,335 bilhões. Houve, ainda, um crédito de R$ 2,240 bilhões em rendimentos. O estoque da caderneta de poupança, que em março estava em R$ 384,896 bilhões, subiu em abril para R$ 385,374 bilhões. A poupança não registrava uma perda mensal de recursos tão grande desde abril de 2008, quando foi de R$ 1,84 bilhão. Retiradas Em fevereiro deste ano, foi a primeira vez desde abril de 2009 que as retiradas superaram os depósitos, quando a caderneta de poupança registrou perda de recursos da ordem de R$ 745 milhões. Em março, no entanto, depósitos superaram retiradas em R$ 307 milhões. No acumulado do primeiro trimestre, as saídas de recursos haviam superado as entradas em R$ 162 milhões, o pior resultado para o primeiro trimestre de um ano desde 2009, quando houve uma retirada de R$ 582 milhões da poupança, segundo números da autoridade monetária. Em janeiro deste ano, a poupança ainda havia registrado mais entrada do que saída de recursos, no valor de R$ 275 milhões. Crédito imobiliário As aplicações em caderneta de poupança estão divididas em duas modalidades: Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e a chamada poupança rural. No caso do SBPE, 65% dos recursos devem ser destinados a empréstimos imobiliários, o que aumenta a disponibilidade de financiamentos para a compra da casa própria, e, na poupança rural, os recursos são canalizados para o desenvolvimento da agricultura. Em abril, a poupança rural registrou saída de R$ 1,150 bilhão, e o SBPE teve uma retirada líquida (acima do volume de depósitos) de R$ 611,6 milhões no período. A saída de recursos da caderneta de poupança, portanto, não é positiva para o crédito imobiliário e para o setor agrícola. Fonte: G1

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