A moeda norte-americana recuou 0,14%, cotada a R$ 5,8059. Já o principal índice de ações da bolsa de valores recuou 0,07%, aos 129.036 pontos.
O dólar fechou a sessão desta segunda-feira (25) em queda, em mais uma sessão marcada pela expectativa do anúncio, por parte do Governo Federal, de um pacote de corte nos gastos públicos.
Na última sexta-feira (22), o governo já anunciou um bloqueio de R$ 6 bilhões no Orçamento deste ano. Com isso, o governo totaliza R$ 19,3 bilhões já bloqueados nos últimos meses para tentar compensar o avanço das despesas obrigatórias, como gastos com a previdência.
Mesmo com a contenção anunciada na sexta, o mercado ainda aguarda o pacote de corte de gastos para entender como o governo pretende lidar com as contas públicas nos próximos anos, de forma a cumprir o arcabouço fiscal — as regras que determinam quanto o país pode gastar para manter sua saúde financeira.
A semana ainda conta com divulgação de alguns dados econômicos, com destaque para números de inflação aqui e nos Estados Unidos, taxa de desemprego nacional e a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda.
Ao final da sessão, o dólar recuou 0,14%, cotado a R$ 5,8059. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
Na última sexta, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,05%, cotada a R$ 5,8138.
Ibovespa
Já o Ibovespa recuou 0,07%, aos 129.036 pontos.
Com o resultado, acumulou:
Na sexta, o índice fechou em alta de 1,74%, aos 129.126 pontos.
O que está mexendo com os mercados?
O assunto que rege o mercado brasileiro nesta semana continua o mesmo de todo o mês de novembro: o cenário fiscal. A espera pelo anúncio do pacote de corte de gastos já dura quase um mês, já que a expectativa inicial era que o governo divulgasse as medidas logo após o fim do segundo turno das eleições municipais.
Na última semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o pacote já "está fechado" e que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, sinalizou que fará todo o esforço necessário para aprovar as medidas ainda neste ano no Congresso.
A ideia é que, com os cortes de gastos, o governo consiga equilibrar a situação das contas públicas e honrar o arcabouço fiscal. Contas mais controladas são bem vistas por investidores porque aumentam a confiança de que o país será capaz de arcar com suas dívidas.
Ainda no Brasil, investidores repercutem a última edição do Boletim Focus — relatório do Banco Central (BC), que reúne as projeções para os principais indicadores econômicos do país.
Na edição desta semana, as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caíram de 4,64% para 4,63%. Mesmo assim, o número segue acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%.
A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
Para 2025, entretanto, a estimativa de inflação deu uma forte guinada para cima na semana passada, avançando de 4,12% para 4,34%. E, para 2026, a expectativa subiu de 3,70% para 3,78%.
Já no exterior, o foco ficou com a nomeação de Scott Bessent como secretário do Tesouro do futuro governo de Donald Trump. A leitura do mercado é que o escolhido pode tomar medidas para restringir mais empréstimos do governo, mesmo que cumpra com as promessas de campanha fiscais e comerciais.
"Ele [Bessent] pode ter uma abordagem moderada em relação às tarifas e isso é uma boa notícia, porque um dos temores é que, se Trump impuser tarifas fortes, isso pode ser inflacionário e significaria que o Fed teria que talvez reverter a atual política monetária", disse Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da spartan Capital Securities à Reuters.
Além disso, as tensões geopolíticas ao redor do mundo também seguem no radar. Durante a tarde, os preços do petróleo no mercado internacional chegaram a cair mais de US$ 2, em meio às expectativas de um acordo de paz no Oriente Médio.
Fonte: Portal G1