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03 de dezembro de 2021

Brasil fica na 26ª posição no ranking mundial de PIBs

 

País recua 0,1% e entra em recessão técnica. Levantamento da Austing Rating é feito com 33 países

 

Com a retração de 0,1% da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano, o Brasil ocupa a 26ª posição num ranking elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating, que considerou 33 países que já apresentaram os resultados do período.

O levantamento considera as variações em relação aos três meses anteriores, já descontando oscilações sazonais. O Brasil entrou em recessão técnica com o resultado do PIB, ficando atrás de outras economias latino-americanas como Chile e Colômbia.

Para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o Brasil sempre tem aparecido nas posições intermediárias e na rabeira do ranking nos últimos levantamentos. Ele lembra que a média anual de crescimento do país entre 2011 e 2020 ficou em 0,7%.

– O país sempre está na parte inferior ou no meio do ranking. Com mais esta recessão, revisamos nossa projeção de crescimento para este ano de 4,9% para 4,7% e , em 2022, de 0,9% para 0,6%. Mas o cenário econômico preocupa e mostra perda de fôlego – diz Agostini.

Ele lembra que em 2022 o Brasil terá a inflação corroendo poder de compra dos consumidores, os juros devem chegar à casa de 12%, o quadro fiscal permanecerá ruim e o investimento, baixo. Tudo isso terá reflexos negativos no PIB.

A primeira posição no ranking é ocupada pela Arábia Saudita, que teve um crescimento de 5,8% em sua economia entre os meses de julho, agosto e setembro. A alta do preço do petróleo turbinou o crescimento do país.

A Colômbia aparece na segunda posição, com crescimento de 5,7% no período, enquanto o Chile surge na terceira colocação, com expansão de 4,9% em seu PIB no período.

Outro país sul americano também figura entre as dez economias que mais cresceram no terceiro trimestre: o Peru aparece na sexta colocação, com crescimento de 3,6%.

Sobre o fato de outros países latino-americanos terem crescido mais que o Brasil, Agostini pondera que ainda é preciso considerar que a pandemia não acabou e os efeitos negativos de medidas de contenção ainda estão sendo refletidos nos números dessas economias

– Este países sofreram mais, foram mal em crescimento no início do ano e no segundo trimestre e agora começam a se recuperar. É preciso fazer essa ressalva – observa o economista.

Os Estados Unidos cresceram 2,1% no terceiro trimestre e ficaram com a 10ª posição no ranking. A maior economia da União Europeia, a Alemanha, ficou na 13ª posição com crescimento de 1,8% no período.

No primeiro trimestre deste ano, o Brasil cresceu 1,2% e ficou na 19ª posição do ranking. Já no segundo trimestre de 2021, o IBGE revisou os números e apontou que o país teve retração de 0,4% em vez dos 0,1% divulgados inicialmente.

 

Fonte: O Globo

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